sábado, 11 de abril de 2009

Fazemos jejum?

O jantar de Sexta-feira Santa já levou tantas voltas como as vidas de cada conviva, o que, tendo em conta que eram, originalmente, quinze, acrescidos das respectivas proles, há que convir que já é muita volta.
Ultimamente, os resistentes vão sendo cada vez menos, e até o menu já perdeu a sua característica irreverência... se não fosse já ter comido carne ao almoço, era bem capaz de não ter achado graça à brincadeira (se bem que o peixinho era do melhor, e soube-me que nem ginjas).
As perdas vão-se sentindo e, embora já tenham começado há alguns anos, é manifesto que continua a ser complicado lidar com elas.
De qualquer forma, desde o início que acabaram sempre todos a remoer os traumas da vida, por isso, a coisa até nem mudou muito nessa parte... sempre foi o jantar da catarse e, quanto a isso, perdem os que não vão :)!
Há trinta e dois anos que vejo estas vidas a passar ao meu lado, sempre comigo, desde que me lembro.
Ouço, desde sempre, as mesmas conversas, sempre iguais e sempre diferentes, só com mais anos em cima, e de cada vez vejo coisas novas, ou coisas velhas a transformarem-se dentro de cada um.
Cá para mim, voltávamos mas era à carninha. E já agora, bem podíamos tentar fazer isto em casa, não?

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