quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A Familia


Atão ninguém trabalha na teoria ...
pode sair asneira que não faz mal .
o objectivo é criar consenso.
Comparando o que se passa na felicidade com a teoria da relatividade , quântica e unificadora eu diria que a felicidade quando programada ou preparada corresponde á relatividade, quando não programada e dependente da "sorte" corresponde á quântica e para corresponder á unificadora teremos que estudar a coisa.
A imagem é unificadora para ver se conseguimos com esta inspiração que saía alguma coisa

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ser feliz-preparar teoria

Todos desejam a todos " feliz natal" "feliz ano novo" " feliz tudo" .
Então ... o que estão as pessoas a desejar aos outros.
A felicidade depende da sorte?
Será ?...que uma coisa tão importante poderá depender da sorte?
Para "Ser feliz" poderá depender?....
Para chegarmos a uma teoria final todos têm que colaborar , e depois chegamos a um consenso
Tá Bem.....

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Teorias


Eu queria, Queriiias.....
que cada elemento descreve-se o que é ser feliz.
Toca a puxar pela cabeça... sem provocar lesões

Não resisto

Pois é, eu sei que quando virem este post vão achar que haveriam outras fotos tão ou melhores que estas, que mereciam estar neste blog, mas a tarefa não foi fácil
Na verdade como todos sabemos a nossa reserva de memórias fotográficas não está propriamente organizada, e também é bom dizer que aquelas maravilhas de que nos lembramos não foram fotografadas.
Também, como é que poderíamos fotografar a maravilha de sabor que tinham aquelas bolas de berlim e aqueles umbongos misturada com o sal?? não dava...
Lembro-me de o dia começar com a ida ao pão e a compra da revistinha MÓNICA, de pormos leite quente à mesa para o pequeno almoço, da maré baixa da manhã e dos bichinhos da areia bem como as bolhinhas que a areia fazia quando a onda voltava ao mar, das caminhadas da mãe a beira da água, do Jorge das bolas, a quem pedíamos quase sempre duas para cada um , da areia quente nos pés, das ameijoas meias vivas no mercado, da mini discussão do almoço, da soneca depois de almoço , da maré alta da tarde em nos divertíamos a boiar nas ondas GRANDES , de não querermos sair da agua mesmo que fossem 19:40 da noite, do banho em casa, do creme, da roupa fresquinha que vestíamos para sair á noite quando estávamos com a pele a escaldar, dos passeio á noite em vila moura em que andávamos de patins e afins e da noite na cama em que quase não dava para dormir pelo calor e pelos escaldões...
e o leãozinho? pois é aquela água de esguicho da mãe deu-nos muito jeito (- isso beibe-se? (privada) )
e os olhos d'agua em Olhos d'agua? pois é , e quando é que eu acabo com isto?
por mim nunca, mas a vida não é só memórias

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Durante Anos....

Mas (lá vai queixume) para levantar toda a gente de manhã da cama, para tomar o delicioso pequeno almoço, e rumar à praia de modo a conseguir chegar em primeiro lugar, era uma façanha. Tinha que usar de imaginação, inventar todos os dias um método novo , pois a coisa não resultava se houvesse repetições. Então era de corneta,de viva jesus , de ameaças, de vou-me embora,de assim não vale,de está tudo a arrefecer,de parece impossível,de não há respeito enfim...
Mas depois lá conseguia levar a água ao moinho, que é o mesmo que dizer levar a tenda
toda para o carro .Aí respirava fundo Ah....
Depois de estacionar no parque, recomeçava a lida .Não vão a correr .... olha a bola....olha os chinelos... não queres os baldes.....
Mas a seguir vinha a recompensa - praia limpinha, sem ninguém, escolhíamos o melhor lugar , montávamos o estendal , e agora sim podíamos ler as noticias e as revistas , sem sobressaltos até ,mais ao menos ás 10 da manhã .
Nessa altura começavam a chegar os veraneantes , e para nós era a hora de começar a retirada,
pois normalmente não era fácil, porque era só mais um mergulho... atraz de um vinham dois a multiplicar por três .
Mas... voltava a fazer o mesmo ... e com muito gosto.

domingo, 27 de janeiro de 2008

A nossa praia


A nossa praia sempre foi palco de algumas das nossas mais maravilhosas lembranças.
Após os primeiros dois ou três dias de inferno, em que andava tudo a discutir por tudo e por nada, instalava-se uma fantástica rotina, responsável pelo facto de as férias acabarem por ser verdadeiramente retemperadoras para todos (acho…).

Começava-se o dia bem cedo, graças aos incansáveis esforços da mãe, que não só ia ao pão de madrugada, como arrancava tudo da cama com bastante competência. Para convencer a malta, nada como um lauto pequeno-almoço que todos partilhávamos à mesa (coisa que no dia a dia não dava para fazer), com tudo a que tínhamos direito e um pão que desgraçava qualquer perspectiva de dieta com que partíssemos para o Algarve.

Depois era a empreitada da saída de casa com todos os carregos e sem esquecer nada (muda de roupa para os miúdos, chapéus, toalhas, brinquedos, água e sumos, bolachas, um nunca mais acabar de bens essenciais, fora os que já ficavam no carro de uns dias para os outros).
Certo, certo é que éramos sempre os primeiríssimos a chegar à praia (nós é que abríamos aquilo) e os mais pequenos, entre os quais eu me incluía, iam logo direitinhos para o mar, de onde normalmente só saiam, à força, na hora de ir para casa.

A manhã era curta.
No máximo às 10h30 da manhã estávamos a recolher o material, que desta vez, além de tudo o que vinha de casa incluía ainda dois guarda-sóis, uma cadeira para cada um dos pais e as revistas e jornais comprados entretanto. Era duro… e convencer os putos, cansados, a virem embora e a carregarem os seus brinquedos… e os chinelos que às vezes ficavam no caminho e era preciso voltar para trás a apanhar…
Enfim… uma passagem rápida no mercado para comprar um peixinho fresquinho para o almoço ou o jantar e estava tudo pronto para uma banhoca rápida antes de almoço, só para tirar a areia. Agora que penso nisso, desconfio que este duche a meio do dia não passava de uma estratégia da mãe para nos manter ocupados enquanto ela fazia o almoço (boa, mãe!).
Depois de almoço TODA a gente tinha que dormir, e após alguma guerra contra o sono, não havia quem não acabasse por passar pelas brasas, antes de voltarmos a deslocar toda a parafernália para a praia outra vez…. Mais umas boas horas de água, apenas interrompidas pelo homem das bolas de Berlim (lembram-se do Jorge e seus lindos olhos azuis?). A hora da Bola de Berlim era outro momento mágico…comer uma bola da praia ainda todos encharcados, acabados de sair do mar, e sentir aquele sabor doce misturado com a água salgada das mãos e dos pingos do cabelo e da cara, mais alguns salpicos inevitáveis de areia é qualquer coisa para a qual ainda hoje não encontro comparação.
Claro que à noite, estava tudo cansado, mas nem assim deixávamos de dar nosso passeio digestivo após o jantar, para acabar de estafar o pessoal.

A história já vai longa, mas mesmo assim, há uma que não resisto a contar: como a casa do Algarve só tem dois quartos, as “crianças” dormiam todas juntas, numa grande cama formada pela junção de duas camas de “pessoa e meia”. Claro está que, entre as duas camas juntas ficava sempre uma pequena folga, que todas as noites antes de dormir tentávamos unir o mais possível. Uma das noites (ou tarde, à hora da sesta) estávamos os três no quarto, quando a Teresa bateu não sei aonde com o cotovelo (acho que foi porque caiu da cama, mas não tenho a certeza), e no seu estilo estridente do costume, começou a rolar pela cama agarrada ao braço, muito queixosa (AI, AI, AI ...).
Eis senão quando….PUM! A Teresa desapareceu abruptamente, por entre as duas camas, que pelos vistos estavam mais afastadas que o costume, e fiquei eu e o Rui aparvalhados sem perceber para onde tinha ela ido.
Quando percebemos, foi gargalhada geral, incluindo a Teresa, que perante o ridículo da situação até se esqueceu das dores (do braço e da queda) e se juntou a nós, naquele riso incontrolável.

O bebé



Quando já ninguém esperava, a família foi abençoada pelo nosso Quico, que se tornou o eterno bebé da casa.
Desta vez, a obra prima levou todos os genes da calma e pachorrice que havia para distribuir e ficámos com um bebé perfeito: lindo de morrer, dormia bem, comia bem, estava sempre com um ar feliz e satisfeito, nunca ficava doente e não chorava… uma coisa do outro mundo, quando comparado com o vulcão que era a Tess…

Embora nunca ninguém se tivesse queixado das meninas, a verdade é que a chegada de um herdeiro “varão” deu grandes alegrias aos avós, principalmente ao avô Zé Carlos, que tinha indisfarçável orgulho no seu único menino.
E o certo é que, desde que nasceu, o nosso bebé era um verdadeiro “rapazola”, que em nada se confundia com as netas, que sempre eram ligeiramente mais delicadas (embora não muito). O miúdo tinha mesmo cara de rapaz e era rijo como um tronco… se dúvidas houvessem, todas se dissiparam no momento em que ele, mal se sabia ainda sentar, começou a parar pasmadinho à frente da televisão sempre que estava a dar um jogo de futebol.
Lá em casa acompanhava-se a Fórmula 1 e, quando muito, os Ralis (eu era admiradora da Michele Moton, por influência do pai), e por isso, ao princípio, ninguém percebia o que é que o miúdo tinha para ficar assim tão sossegado… primeiro que déssemos conta de que era o futebol…

Como nasceu no Inverno, o “Bebé” já só foi para a praia no Verão seguinte, quando tinha oito ou nove meses e como todos os membros da família, ficou logo fã, de tal maneira que passava os dias a gatinhar pelo areal fora, passando literalmente por cima de tudo quanto se lhe atravessasse à frente (há que dizer que, embora pachorrento, o Quico era um verdadeiro “camionista”, com uns ombros largos e muita força, por isso quando gatinhava, era também um autêntico tractor …).
Além de comer areia abundantemente, chegando a meter a pá cheia na boca, como se de “sopinha” se tratasse - facto que deixava toda a gente arrepiada - o Quico conquistou o respeito e reverência de todos os homens da praia no dia em que, com toda a coragem e determinação, gatinhou em grande entusiasmo por uma senhora de “topless” acima… apesar do nosso pânico, a senhora parece que não levou a mal e até achou piada, mas o resto da família ficou eternamente traumatizada…

Uns meses mais tarde, mudámos de casa, e, uma vez mais, o nosso bebé mostrou a fibra de que era feito. Fizemos a mudança sozinhos (com a ajuda de alguns vizinhos para os móveis mais pesados) e todos tiveram que “dar o litro” para vivermos o sonho da casa nova, há tanto tempo desejada. Desta mudança, a imagem mais inesquecível de todas é a do bebé, com pouco mais de um ano, a carregar os seus brinquedos rua abaixo, muito compenetrado na sua tarefa e ciente da necessidade de fazer a parte que lhe competia para todos atingirmos o objectivo colectivo.
Depois dessa mudança, muitas aventuras vieram na casa nova, algumas da quais com o nosso Quico como personagem principal, mas essas tem que ficar para outros "episódios"…

sábado, 26 de janeiro de 2008

O doce nunca amargou....


( a mãe gosta é de imagens!!! (tess))

As imagens são muito importantes, e alegram a coisa.


E aquela " Com açucar e com afecto"Chico

(A propósito de bolo
O pai trouxe umas alheiras de casa da Marzita para ti.)

O importante é fazer o bolo com açúcar e com afecto, o come-lo é secundário , até porque há muita gente que dá tudo por uma fatia.
O bolo é das tais coisas que dão gozo fazer , e para quem gosta , dá gozo comer , o que sobra depois logo se vê.Além disso se for feito com conta e medida não estraga nada.
Deviamos inventar um bolo e registá-lo como da familia. Há ideias mais bizaras... e acontecem.
De certeza que o Gui concorda comigo .

De faca e alguidar

Já sabem que não resisto a esta!
Amores-ódios de sonhos medonhos com tripa para fora e carcaça rasgada … ainda por cima vinda do meu Chiquinho!

Não sonho mais


Hoje eu sonhei contigo
Tanta desdita, amor
Nem te digo
Tanto castigo
Que eu tava aflita de te contar.

Foi um sonho medonho
Desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha
E se urina toda
E quer sufocar.

Meu amor
Vi chegando um trem do candango
Formando um bando
Mas que era um bando de orangotango
Pra te pegar
Vinha nego humilhado
Vinha morto-vivo
Vinha flagelado
De tudo que é lado
Vinha um bom motivo
Pra te esfolar
Quanto mais tu corria
Mais tu ficava
Mais atolava
Mais te sujava
Amor, tu fedia
Espestava o ar
Tu, que foi tão valente
Chorou pra gente
Pediu piedade
E olha que maldade
Me deu vontade
De gargalhar
Ao pé da ribanceira
Acabou-se a liça
E escarrei-te inteira
A tua carniça
E tinha justiça
Nesse escarrar
Te rasgamo a carcaça~
Descemo a
as tripa
Comemo os ovo
Ai, e aquele povo
Pôs-se a cantar
Foi um sonho medonho
Desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha
E se urina toda
E já não tem paz
Pois eu sonhei contigo
E caí da cama
Ai, amor, não briga
Ai, diz que me ama
E eu não sonho mais

Chico Buarque, 1979

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

todos os patinhos sabem bem nadar


Quando não corria , ficava quietinha a ver as cores e feitios das flores, como tinham crescido, a que cheiravam ou, então, encontrava um bicho (minhoca , formigas etc ) seguia- lhe o rasto dava-lhes comida .
No inicio da primavera existiam sempre muitos pintainhos, coelhinos e patinhos que tinham nascido e que eram a minha alegria.
Os patinhos não sei bem porquê resolviam andar atráz de mim em filinha , de tal maneira que ás vezes me zangava com eles e ralhava-lhes.
Um dia lembrei-me que eles podiam aprender a nadar debaixo de água, e resolvi ser eu a treinadora.
Levava-os até á pia e eles ficavam lá paradinhos a olhar para mim ,eu ia pegando num de cada vez mergulhava-os na água, eles saiam todos molhadinhos, sacodiam-se e continuavam à espera de outro mergulho.Foram crescendo e eu cheguei a conclusão que eles até gostavam da brincadeira.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Para o GUI -os genes estão lá-

Quando somos pequenos pensamos que o mundo é o pouco que nos rodeia, e como todos eu pensava assim . Eu lembro -me que pensava que as pessoas eram cinzentas,vestiam coisas escuras e isso baralhava-me porque tudo o que nos rodeava era muito colorido (os campos ,as flores) as pessoas cantavam quando trabalhavam no campo .No tempo das colheitas parecia uma festa. Depois vinha o inverno Chovia sempre e muito mas tinhamos muitas festas para organizar era os Santos o S.Martinho a matança do porco o Natal . O Natal obrigava a muitos preparativos , tinhamos que ir ao Porto comprar tecidos para os vestidos pro Natal comprar o bacalhau procurar nos campos onde havia o melhor musgo para fazer o presépio , escrever as carta para o menino Jesus , que tinha que ir com muita antecedencia ,porque a viagem da carta era longa . E no meio disto eu gostava era de correr...sentir o vento na cara ou a chuva . corria no principio a pé depois de roda com gancha ,de bicicleta de patins e sonhava que quando fosse grande havia de ter um cavalo e depois é que ia ser

O calhau

A propósito da mensagem do tio Cláudio lembrei-me que o Nóbrega também me ensinou a limpar o rabo com pedras quando fazíamos o serviço no campo.
Pedras pequenas, na minha terra, também se chamam calhaus. Será que vem daí o " arrear o..."?

Ruiziiiiiiiiiiiiiiiiinhoooo!!!!!!!

O meu professor de educação sexual, que já lhes apresentei, disse-me, um dia em que naturalmente ou estávamos de férias ou em que não tínhamos aulas da parte da manhã que, nesse dia, íamos " ao pito " lá a uma vizinha, rapariga nova mas mais velha do que nós.
Eu devia ter entre 6 e 7 anos.
Na época frango assado, frito, guizado, estufado, enfim...de qualquer modo, era petisco muito apreciado e não muito frequente.
As nossas refeições lá em casa, eram normalmente constituídas por sopa, que é como quem diz, caldo e comida no final da refeição, para aém do "conduto" constituído por arroz, batatas, fritas ou em puré, acompanhados por carne de porco bem regrada, peixe miúdo, nomeadamente sardinhas, fanecas, pescadinha de rabo na boca. Por semana comía-se, em princípio e para 5/6 pessoas, 750 grs de bife e 1 Kg de carne de estufar ou assar e guizar.
Convém que diga que lá em casa era mesa de gente fina.
A minha mãe ou a Laura - A Laura, para quem não saiba, era a empregada interna que coadjuvou a Jabel na nossa educação e que, por isso, era como se fosse da família - engendravam os melhores petiscos.
É certo que o bacalhau se consumia com alguma regularidade, quer assado quer frito, quer cozido, quer cru - em punheta, claro - para além de em forma de filetes.
É certo, também, que quer os filetes de peixe quer os panados de carne tinham um sabor que, para meu desagrado, nunca mais encontrei.É curioso que não me lembro de panados de porco nessa época. Normalmente, lá em casa, eram da carne de bife. Já podem ver que, pela quantidade semanal a que tínhamos direito, eram panadinhos. Porém, tão bons...!
A Laura fazia uns panados de buxo de porco e de " sola "do mesmo bicho - só muito mais tarde é que aprendi que à " sola " chamavam dobrada - de morrer...!
A Laura fazia uns " bacalhaus de sardinha" divinais.
Os rojões, provenientes do porco que se abatia uma vez por ano em inícios de Dezembro, eram muito bem conservados em " pingue ", hoje " banha de porco " e sabiam a festa.
As sopas ou "caldos" eram comidas no fim, em "malga" ou tijela e mantinham, no final, um " modinho" que nós bebíamos deliciados.
Confesso que o tema me é tão querido que me arriscava a não contar o que cá me trouxe. Voltarei, naturalmente, ao tema.
Dizia eu que o meu professor de educação sexual me desviou para " ir ao pito " a uma vizinha.
Pitos, no meu tempo era como eram designados os franganitos, ou frangos pequenos ou ainda os pintaínhos que são, para quem não saiba, os frangos acabados de nascer.
É claro que me imaginei a roubar um franguito e, dada a proximidade das nossas casas, estranhei a proposta. Era muito fácil darem por nós a roubar o " Galinheiro" - como é que se chamará agora?
Perguntei-lhe, então:
- Óh Zé, como é que vamos fazer?
Nessa altura ainda não tinha por hábito dizer " e eu, puta fina " mas o certo é que já o era e respondeu-me:
- É que eu roubei-lhe a chave de casa e só lha dou se ela nos deixar " ir ao pito "
Conformado mas receoso e envergonhado - a vizinha era mais velha e muito conhecida lá de casa - esperei, com o professor, pela vítima.
Passado algum tempo a vizinha chegou e o professor combinou com ela que nós íamos ao que vos disse e não repito porque não me é agradável estar sempre a bater na mesma técla - reparo agora que para escrever isto estou a bater em muitas - e entramos em casa dela.
De repente vejo o professor a deitar-se na cama com ela e a pôr-se sobre a pobre rapariga.
Eu estava mesmo ali ao lado, a ver tudo e sem perceber nada.
Quando se cansou, ou ela, o professor saíu e dísse-me que era a minha vez. Como imaginam fiquei sem saber o que fazer e tive de o confessar. Lá me explicaram e eu, não muito convencido do que ia fazer, tirei as calças e subi para a cama.
Nessa altura ouvi a Laura a gritar, como sempre fazia quando nos chamava para almoçar ou para nos pedir qualquer coisa:
- Óh ruiziiiiiiiiiinhoooo!!!!.
À pressa saltei da cama, vesti as calças e fui a correr para casa.Quando nós nos atrazáva-mos a coisa piava fino.
A Laura salvou-me e eu tive, embora sem saber, a minha primeira aula de Educação Sexual.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A filha do Capitão

Provavelmente já todos leram e não digo nada de novo a ninguém mas confesso a minha ignorância e o meu espanto ao ler que no início do século XX não se limpava o rabo! E não sei por que inspiração, na família do capitão, os elementos mais novos só começaram a fazê-lo a partir do momento em que o pai começou a comprar o jornal para saber os resultados do futebol. Abençoado futebol. E banhos, só no verão e rápidos porque a água era fria (uma vez por semana). Recordei-me dos tempos de puto e dos tempos de Coimbra, em casa da D. Ernestina na Couraça, em que banho era também uma vez por semana; banho a mais tinha de ser pago... Só na tropa o banho passou a ser diário. Agora que penso nisso tenho de concordar que a tropa tinha algumas coisas boas... Que tempos!

domingo, 20 de janeiro de 2008

E a frase do dia é...

Mas haverá algum aspirador de REALMENTE aspire decentemente?
Ai que NERVOS!!!!!!!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Mamonas Assassinas - Jumento Celestino (aovivo)

vejam lá se conseguem acompanhar...***

"Minhoquices"


A Teresa, nossa minhoca, sempre foi a mais emotiva da casa.
Ria, chorava, berrava, tossia, abraçava, batia, fazia a festa, atirava os foguetes, apanhava as canas, enfim…
E o certo é que, desde muito pequenina, já a sua paixão pelo desenho animado havia despertado, embalada pelas muitas e muitas tardes, depois da escola, passadas em frente à televisão, a ver D’Artgnan’s e Dartacães, Transformers e Ruas Sésamos, Pequenos Póneis, Princesas Insensíveis e tudo o que mais viesse à rede.
Mas as suas preferidas eram, sem dúvida, as inesquecíveis “Ana dos Cabelos Ruivos” e sobretudo, em grande destaque, a “JOANINHA”!
E era vê-la, todas as tardes, em grande entusiasmo, a lançar-se em voo planado do sofá para acompanhar os momentos mais épicos do genérico, enquanto a música era, mais entusiasticamente ainda, berrada a plenos pulmões… isto para invariavelmente acabar o episódio a chorar baba e ranho (era mesmo baba e ranho, não é figurativo!) comovida pelas desventuras da heroína.
Por estas e por outras é que resto da malta não tinha tempo de antena…


Quase tudo de tacha arreganhada...


cá estamos nós,a familia bloguista de Coimbra.
Na verdade, à pala deste blogue arranjamos a quinta desculpa para tirarmos foto todos juntos...
é que foi sempre comum por sermos cinco , nas ferias de verão ficar sempre alguem de fora. Por isso uma foto com os cinco é um acontecimento paranormal...

Adesão

Aderir, aderi... Só custou descobrir como isso se fazia! Colaborar, isso já é outra coisa. As minhas memórias varreram-se. Não consigo descobrir nada digno de registo e as minhas certezas sobre o que se passou de facto são nulas. Não prometo nada... Mas, beijos para todos os que fazem disto uma coisa viva e vivida.

Será justo???

Hoje comecei um julgamento em que represento um ex-marido contra a ex-mulher, em processo de indemnização por ter descoberto que o filho do casal afinal não era dele.
Será justo?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

"É merda..."

O meu amigo Zé... ( este não é o Nóbrega) a dada altura da sua vida, rondando os 19/20 anos, viu-se na necessidade de emigrar para França.
Como não sabia grande coisa da língua todos os do grupo, o tio Cláudio, o tio Sérgio, o Alípio, o Babo, o Vieira e, talvez, eu próprio, se propuseram dar-lhe umas lições básicas durante as férias de Verão.
O Zé...foi para França em época que se não precisa. O certo é que, no verão seguinte, veio de férias a Portugal.
Na altura frequentávamos todos o mesmo café - Café S. Fins - criado e explorado por outros três amigos mais velhos que nos permitiam amplas liberdades quer ao nível do consumo quer ao nível da utilização - era costume fazermos lautas ceias com carnes grelhadas, chouriços e sei lá que mais, numa pequena arrecadação que antecedia as casas de banho e onde, por norma, se encontravam as grades de cervejas e outra bebidas pouco usadas por nós, que nos serviam de mesa e cadeira.
Como era hábito assim que chegávamos de férias de imediato corríamos ao Café S. Fins para rever os velhos e costumeiros amigos, aí se iniciando o programa das férias e, talvez fique bem dizê-lo, elaborávamos o plano e orçamento para aquele período.
Em cumprimento do costume instituído o Zé... que tinha chegado de madrugada, assim que pôde foi ter com o pessoal.
A curiosidade era muita e muitas foram as perguntas a que teve de responder.
Contou, então, um episódio que nenhum de nós esquece - ainda agora se recorda amiudadas vezes quando estamos juntos - que se tinha passado com ele na viagem de regresso.
Não sei até que ponto serei fiel ao relato efectuado.
Talvez convenha dizer que o Zé.. era um homem de riso franco em boca larga. Quando se ria e ria muito e bem, para além da farta dentuça, quase se lhe viam as entranhas. Então foi assim:
Quando chegou a França o Zé acomodou-se como pôde, não me recordo se em casa de amigos ou com amigos de aventura, em casa que tenham arrendado. Certo dia, mais precisamente durante a noite, o Zé...viu-se muito apertado, que é como quem diz, deu-lhe uma grande vontade de "evacuar", fruto de aguda e repentina " caganeira"(1). De tal modo foi que, não dispondo de tempo - ou seria de casa de banho? - resolveu " arrear o calhau"(1) numa mala que tinha consigo. Serviço feito o Zé fechou a mala e colocou-a sobre o armário onde tinha a roupa, com a intenção de, no dia seguinte, se desfazer daquele tesouro.
Ora, o Zé...nunca mais se lembrou ou, se se lembrou, nunca mais conseguiu a oportunidade esperada de resolver a questão. Tanto quanto me recordo, só na véspera de se vir embora e porque necessitava de fazer as malas, se apercebeu da prenda que tinha em mãos. Como não lhe era fácil desfazer-se do objecto e respectivo conteúdo resolveu meter a mala no carro com intenção de, atravessada a fronteira, a largar em Portugal.
Nas fronteiras francesa e espanholas o Zé...escapou.
Porém, em Vilar Formoso o zeloso guarda quis que o Zé abrisse as malas para detectar eventual contrabando e colher os respectivos frutos.
O Zé...assim fez recusando-se, no entanto, a abrir a pecaminosa. O guarda mais polícia ficou e impôs-lhe a respectiva abertura. O Zé bem tentou explicar-lhe que não trazia contrabando, que a razão da sua recusa era legítima.
Ao fim de muito tempo de argumentação lá lhe perguntou o guarda
- Mas, afinal, o que traz na mala que não nos quer mostrar?
- É merda senhor guarda! Rrespondeu o Zé...
Parece que o guarda não gostou.
Parece, até ,que quis prender o Zé....
De tal modo foi que o Zé se viu na necessidade de lhe dizer que não abria a mala mas que ele, guarda , o poderia fazer desde que o não incomodasse com o resultado.
O Guarda abriu a mala.
O Zé atravessou Portugal com a mala e à míngua de local apropriado, antes de entrar em casa dos pais despejou-a no próprio quintal.
Como disse, o Zé...era de riso fácil e grande. Acrescento que era, também, contagiante.
A estória não tem muito de engraçado.Porém,
O Zé...ria, tanto a contar o episódio como com a ideia de que seu pai, a quem não tinha contado nada, a iria encontrar e certamente ficar furibundo, que não sei de que parte nos ríamos nós mais e também.
O Zé... já veio definitivamente para Portugal há muitos anos.Parece-me bem. Não imagina é que sempre que vou visitar a avó e, por isso, passo em frente da casa dele, ainda me rio com gosto, apesar de para dentro, daquela estória e recordo aquelas amenas reuniões do Café S. Fins.

(1)- palavras ditas pelo Zé, essas sim, inesquecíveis.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ver debates (no geral) é o melhor!



depois de um óptimo jantar ( entrecosto grelhado na lareira) começámos a fazer serão á frente da televisão. o problema principal que se gerou foi a escolha do canal.
nos canais portugueses só tínhamos a opção de ver programas do ABC ou a porcaria dos malucos por isso tivemos de passar para a cabo. por fim encontrei um canal onde estava a dar um filme: quando a mãe me alertou para uma realidade controversa.
la vai teoria
: quando queremos fazer trabalhos manuais , não podemos por um canal em que somos obrigados a estar sempre a olhar para a televisão( como por ex um filme) é bem melhor pôr num debate frente a frente , nem que seja sobre economia.
pois assim sempre dá para estar a fazer "malha" e ir comentando os disparates que se vão ouvindo.
- uma vez tambem eu andava a procura de um canal, quando encontrei um filme , fiquei especada de boca aberta a olhar, e a ver que já não fazia as luvas do gui, e decidi mudar para um tereuteuteu.(mãe)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"E eu , puta fina, ..."

O " Gomes ", meu vizinho Zé dos idos de "60" foi o meu primeiro professor de educação sexual. Com excepção de tudo quanto dizia respeito a escolher a videira, a pereira, a cerejeira, a figueira e outras, que tais, fruteiras susceptíveis de serem assaltadas e nos proporcionarem grandes repastos e conversa sobre quanto sofreria o respectivo dono, sempre escolhia como tema de conversa as mulheres da nossa geração ou mais velhas que, no seu entender, deviamos tentar ou, no mínimo, espreitar. Aliás, desta última vertente vinha a nossa grande sabedoria sobre o tema. Como se adivinha experiência não tinhamos nenhuma. Estava a esquecer-me que as "corridas"eram outro dos nossos grandes temas ainda que fossem as que fazíamos com caricas em pistas desenhadas no chão e onde cada uma delas, tornada mais pesada com cascas de laranja cortadas à medida, levava o nome dos atletas que, na época, participavam na " Volta a Portugal em Bicicleta"
Escusado será dizer que o nome de " Gomes " lhe advinha do facto de, sendo adepto do FCP, admirar o atleta do mesmo nome que, na época, integrava a respectiva equipa. Quando jogávamos era assim que queria ser tratado.
Foi com o "Gomes"que aprendi a comer uva bravia. Come-se com o corpo deitado de costas e com a boca directamente no "cacho".
Quando queria ilustrar as suas aventuras fazía-o quase com música de fundo e, para rematar entre o preâmbulo e o epílogo dizia sempre " ... e eu, puta fina..."
Por hoje cá me fico.

teoria / homens....


Os homens são animais da espécie humana (muito queridos) com caracteristicas muito
específicas, por isso é que a maioria das mulheres gostam deles.
Têem tido uma boa vida socialmente, embora me pareça que esses dias estão para acabar.
Espero que com essas alterações não venham a perder algumas funcionalidades.
(por exemplo a força muscular).
O que torna a vivência humana interessante são as diferenças, por isso vamos todos ser FELIZES
Até porque as mulheres são os animais da espécie humana que os embalam pelo menos durante + ou - durante 40 semanas.

domingo, 13 de janeiro de 2008

cantiga de pasmar !lol! : ) : 9


chove, chove, balão chove...
nunca mais pára de chover
e nós todos encolhidos
sem saber o que comer

os peixes é que não se ralam
porque amanhã é outro dia
deviamos fazer um bolo
para dar alguma energia

os dias de chuva são muito fixes..
as pessoas ficam sentadas a aboberar
no quentinho, a ouvir a chuva a cair
e a sonhar com o calor que tarda em chegar

sábado, 12 de janeiro de 2008

Eu vou-me arrepender disto...



Pois andei aqui a fazer a revisão à matéria e descobri umas fotografias que acho que nunca vos mostrei. Ok... há algo de decadente nisto, mas pelo menos é a prova de que o ZOO não deixa ninguém de fora! Só espero não sofrer retaliações do Sr. Cegonha-cabeça-de-martelo-sempre-agarrado-ao-telemóvel pelo abuso da imagem (pode ser que ele não veja :)! )

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

olá

A teresa acaba de sair num alarido tal ,que acredito, ou tenho a certeza que vai voltar a entrar.
"Atão..." desde dia 6 que ninguem escreve nada

domingo, 6 de janeiro de 2008

isto é que sim


só falta mesmo a teresa.
viva o calor, belos tempos de sol à porta de casa, a famelga toda junta, sem faltar (claro) a bengala, o que vale é que maior parte das pessoas têm uma memória fotográfica muito fraquinha.
As flores estão resplandecentes.
ja faltou mais , a partir de agora os dias tornam-se maiores, e o sol começa a ser mais quente , que saudades, não vivo sem sol. É um problema de pilhas. De qualquer maneira fizemos este "post" para termos motivos para mostrar a foto. já agora , a sala já está vazia...
"que dificil é subir a letra S !"
*

sábado, 5 de janeiro de 2008

nous somme descendent de la monarquie portuguese

Este título é só um cheirinho do que vão ser os próximos capítulos.
(o pai diz que tem mais que fazer agora - tess)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

mudanças

não há parança . Lá temos que desmontar a sala outra vez.Agora que tenho trabalho para fazer.
É sempre assim . Mas logo que seja para melhorar, que continue.Os livros e os bibelots vão dar mais uma volta,pode ser que parta alguma coisa,e pode ser que se descubra algumas coisas desaparecidas.
As mudanças são boas .Quando se muda somos obrigados a pensar a redefenir a reequacionar ...a enervar a propor a dispor.
E a encarar durante e após a mudança o que era e o que vai ser. Lá vai teoria....

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Avô sofre...








Retida em casa pela súbita varicela do Guilherme, aproveito para partilhar um bocadinho das nossas aventuras na Serra...


Depois de uma loonngaa viagem - a Serra não costumava ser tão longe!- lá chegámos à Lagoa Comprida, onde percebemos que a estrada para a Torre estava fechada! :( E nós já todos preparadinhos para matar a saudade do Ski! Que tristeza...


Claro que o Gui não se atrapalhou nada e o Avô não teve remédio senão acompanhá-lo, agora que o puto descobriu as alegrias do "tobogan" (não sei como se escreve isto).

Já a maldizer os ... dos gajos que fecham as estradas mal caem dois flocos de neve (rasparta! para que querem as pistas?) e cheios de saudades dos "altos Pirinéus da França", decidimos ir a Manteigas almoçar, a ver se de tarde tínhamos melhor sorte. Pelo caminho, ainda passámos pelo bucólico rebanho e não menos bucólico Pastor que aí vos deixo.

Claro está que à tarde a coisa ainda conseguiu piorar... um centro de limpeza de neve, não sei quantos limpas neves e muitas horas depois, ainda a torre continuava inacessível... mas os intrépidos aventureiros não eram gente para desistir assim tão facilmente, não! Não nos chamássemos nós Magalhães!

Pois a malta vá de se apetrechar e sair no meio da VERDADEIRA tempestade... carago! Não hão-de ser umas radajas de vento e neve que até ardem na pele que nos vão estragar o programa... nem o facto de estarmos encharcadinhos até ao ossos, apesar dos fatos de neve... e isso de não vermos dois palmos à frente do nariz, também não há problema!!!

Enfim... a muito custo e bem encharcadinhos, lá demos uma caminhadazita e acabámos por concluir, por unanimidade e aclamação, que o melhor era voltar ao carro!

Assim foi... toca de descer a Serra e bem acompanhados pelo GPS como estávamos só nos perdemos umas duas vezes pelas minhas contas, no meio de grande tempestade!

Voltámos a casa partidinhos e a jurar para nunca mais...

Querem neve? Querem ski? Não inventem... Só dos Pirinéus para frente!