quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

"Minhoquices"


A Teresa, nossa minhoca, sempre foi a mais emotiva da casa.
Ria, chorava, berrava, tossia, abraçava, batia, fazia a festa, atirava os foguetes, apanhava as canas, enfim…
E o certo é que, desde muito pequenina, já a sua paixão pelo desenho animado havia despertado, embalada pelas muitas e muitas tardes, depois da escola, passadas em frente à televisão, a ver D’Artgnan’s e Dartacães, Transformers e Ruas Sésamos, Pequenos Póneis, Princesas Insensíveis e tudo o que mais viesse à rede.
Mas as suas preferidas eram, sem dúvida, as inesquecíveis “Ana dos Cabelos Ruivos” e sobretudo, em grande destaque, a “JOANINHA”!
E era vê-la, todas as tardes, em grande entusiasmo, a lançar-se em voo planado do sofá para acompanhar os momentos mais épicos do genérico, enquanto a música era, mais entusiasticamente ainda, berrada a plenos pulmões… isto para invariavelmente acabar o episódio a chorar baba e ranho (era mesmo baba e ranho, não é figurativo!) comovida pelas desventuras da heroína.
Por estas e por outras é que resto da malta não tinha tempo de antena…


1 comentário:

tess disse...

já estava para comentar este post a algum tempo, e até já tinha começado, mas entretando aconteceu alguma que distraiu.
nem sei bem se é para ficar feliz ou se é para ter vergonha, mas a verdade é que eu, apesar de alguns promenores, acho que era mesmo assim, para mim pensar nesses momentos é uma autentica terapia, pois tenho um misto de lembrança pela emoção que sentia, e uma vontade de rir interminável, acho que todos esses momentos, do meu ninho de infancia vão ficar para sempre na minha cabeça, eu sentia realmente que aquilo nunca ia acabar, nós eramos sempre nós.
o rui era o meu amigo de brincaderas e bulhas, de filmes e recriação completa de todos os classicos da disney, tu era a mana mais velha que fazia coisas esquesitas mas uma miuda com muito estilo e inteligencia , um verdadeiro idolo, a mãe era a médica e cozinheira, mas que nos mimava com beijihos barulhentos mesmo quando não queriamos, o pai era um misto de cabo da boa esperança e mostrengo...e lembro-me perfeitamente dos momenos em que ele nos lia histórias com aquela voz de Ben Rumson.
como me sentia tanto dentro daquele
mundo, eu só tinha de responder perante vos e fazia o que sentia sem limites... depois disso so posso agradecer o facto de termos tido uma familia tão Assim....MUITOS BEIJINHOS FAMILIA!!!